Sertã
Igreja Matriz de São Pedro – Sertã


Localização: Sertã
Coordenadas: N 39º 48'24.46" W 8º 05'58.27"
A Igreja Matriz da Sertã foi (re)construída nos inícios do século XV, por ação de Álvaro Gonçalves Camelo, Prior da Ordem do Hospital (o seu túmulo encontra-se no interior). Este edifício tardo-medieval divide-se em três naves e tem dois altares laterais, dedicados a N. Sra. do Rosário e ao Espírito Santo, ambos com retábulos de talha dourada. As paredes revestidas por enormes tapetes azulejares de padronagem policroma, o imponente cadeiral da Colegiada e as belas telas do Martírio de São Pedro e São Pedro Patriarca são outros motivos a justificar uma visita.
Igreja da Misericórdia da Sertã


Localização: Sertã
Coordenadas: N 39º 48'23.97" W 8º 05'55.70"
A construção do templo terá ocorrido na primeira metade do século XVI, possuindo dois altares laterais (Senhor dos Passos e Senhor dos Aflitos), duas sacristias, coro-alto em madeira, suportado por duas colunas em ardósia, e arco triunfal de volta perfeita. No teto surge pintado o brasão da Misericórdia. A capela-mor apresenta um retábulo de talha dourada, seguindo o barroco de Estilo Nacional, e teto de caixotões de brutesco (século XVIII). Nas paredes laterais exibem-se azulejos azuis e brancos com cenas marianas.
Capela de Nossa Senhora dos Remédios




Localização: Sertã
Coordenadas: N 39º 48'03.27" W 8º 04'56.10"
A sua fundação está envolta em lendas e mistérios, sendo uma das capelas mais concorridas do concelho da Sertã, devido à importância que os cultos a Nossa Senhora dos Remédios e S. Nuno de Santa Maria (ambos invocados neste templo) têm nesta zona do país. Construída muito provavelmente no século XIV ou até talvez antes, apresenta caraterísticas medievais, destacando-se o típico arco gótico de entrada e a tradicional estela encimando a porta lateral. A romaria que decorre anualmente neste local (14 e 15 de agosto) é das mais antigas e concorridas da região.
Capela de São Sebastião

Localização: Sertã
Coordenadas: N 39º 48'08.49" W 8º 05'54.58"
A capela de São Sebastião, construída no século XVIII, apresenta linhas regulares e encontra-se situada na vila da Sertã, junto à Alameda da Carvalha. No seu interior conserva-se um altar de talha dourada, restos de pintura mural de brutesco no revestimento do arco-mestre, com caraterísticas do início do século XVIII, e as imagens escultóricas de S. Sebastião, S. Crispim e S. Boaventura. Este local foi também a primeira morada dos frades franciscanos que posteriormente ocuparam o Convento de Santo António da Sertã.
Capela de Santo António




Localização: Sertã
Coordenadas: N 39º 48'39.73" W 8º 05'51.56"
A capela de Santo António terá sido edificada no século XVII num dos pontos mais elevados da vila da Sertã. A grande devoção que o povo lhe guardava decorria da realização das feiras de S. Neutel e S. Marcos nas suas imediações. Era também conhecida como capela do calvário, por ali se representar a cena da morte de Jesus Cristo durante a Procissão dos Passos. O templo é revestido interiormente por azulejos do século XVII, do tipo maçaroca, azuis e amarelos. No altar encontra-se uma imagem de Santo António de Lisboa, estofada e policromada.
Capela de Santo Amaro



Localização: Sertã
Coordenadas: N 39º 48'13.98" W 8º 06'02.97"
Edificada através de uma coleta local no século XVI, este templo possui um acervo de retábulos seiscentistas, de tipo epimaneirista, todos com talha e pintura. Destaque no altar principal para um antigo retábulo, com cinco tábuas representando a Regra de São Bento, Santa Isabel de Portugal, Santa Maria Madalena, Santa Catarina de Sena e Santa Inês, da autoria do pintor Gonçalo Prego. Os altares colaterais mostram, a fresco, dois «retábulos fingidos» do início do século XVII, um deles com mascarões báquicos na decoração das pilastras.
Castelo da Sertã




Localização: Sertã
Coordenadas: N 39º 48'17.73" W 8º 05'55.71"
Não há grandes certezas quanto à época em que o castelo foi construído. Uma lenda local diz que foi edificado pelo capitão romano Sertório, no ano de 74 a.C., e que faria parte de uma rede de fortificações em torno da Serra da Estrela. Acredita-se também que foi dentro das suas paredes que se desenrolou o episódio relatado pela famosa lenda de Celinda, em que esta intrépida mulher expulsou os romanos, atirando sobre eles uma frigideira (sertage) com azeite a ferver. Tendo sofrido diversas vicissitudes ao longo do tempo, estava praticamente arruinado no século XVIII e assim se manteve até ao início do século XX, altura em que foi reconstruída uma das suas torres, bem como a Capela de São João Baptista, que se lhe encontra anexa.
Capela de São João Baptista

Localização: Sertã
Coordenadas: N 39º 48'18.22" W 8º 05'55.25"
A Capela de São João Baptista terá sido construída durante o século XIII, dentro do perímetro do Castelo, por iniciativa da Ordem do Hospital. Segundo a tradição, esta foi a primeira Igreja Matriz da vila da Sertã, existindo já em 1320. De acordo com as escavações efetuadas na última década do século XX, a capela tinha originalmente uma orientação diferente da que apresenta hoje (estaria voltada para Oeste e não para Nascente). A orientação terá sido alterada entre os finais do século XVIII, com a construção de um novo templo sobre as suas ruínas. Sabemos que este novo templo estava já concluído em 1741. Tendo entrado novamente em ruína a partir dos meados do século XIX, a capela foi reconstruída em 1936, com dinheiro proveniente de vários cidadãos emigrados em África. Apresentando uma planta longitudinal, este templo é composto por nave e capela-mor mais estreita, arco triunfal de volta perfeita com impostas salientes em granito.
Ponte Filipina da Sertã

Localização: Sertã
Coordenadas: N 39º 47'59.93" W 8º 05'56.06"
A Ponte da Carvalha fica situada ao fundo da Alameda da Carvalha, sobre a Ribeira da Sertã. As várias designações pelas quais é conhecida testemunham boa parte da sua história. Assim, a antiguidade do monumento justificou a denominação de Ponte Velha; a sua localização, em campina frequentemente alagada, a de Ponte da Várzea; e a sua feição maciça, sobre arcos redondos, a de Ponte Romana. Na verdade, a Ponte da Carvalha foi construída durante o domínio filipino, no início do século XVII. A ponte, com cerca de 64 metros de comprimento, assenta sobre seis arcos redondos de alvenaria de pedra, sendo o terceiro (a contar da vila) o mais elevado.
Paços do Concelho



Localização: Sertã
Coordenadas: N 39º 48'33.87" W 8º 05'50.44"
Os Paços do Concelho da Sertã foram construídos em 1934, depois de o antigo edifício ter sido consumido por um violento incêndio em 1917. Desenhado pelo conceituado arquiteto Cassiano Branco, este projeto segue o estilo Arte Déco, reconhecível na geometrização da composição espacial das fachadas, na simplificação estrutural, na clareza de volumes e no caráter estilizado e abstratizante dos elementos decorativos. O traço do arquiteto é ainda reconhecível no desenho dos pilares centrais e dos seus arcos, na escadaria central e no relógio do topo da fachada principal.
Pelourinho da Sertã

Localização: Sertã
Coordenadas: N 39º 48'20.44" W 8º 05'52.61"
O pelourinho que agora se encontra no centro da vila da Sertã é uma obra revivalista, reedificada no início do século XX (1937), segundo um projeto que integrava elementos primitivos do pelourinho manuelino, edificado cerca de 1521. Assente sobre soco constituído por três degraus octogonais, a coluna possui base e fuste quadrangulares, sendo este chanfrado nos ângulos que apresentam superiormente fiadas de meias esferas. É encimado por capitel de secção quadrangular decorado por motivos em forma de cabo. O conjunto é rematado com peça piramidal de base quadrada, que apresenta nas quatro faces as armas nacionais, o brasão do município, a esfera armilar e a Cruz de Malta, e é encimada por esfera armilar em ferro.
Coreto
Localização: Sertã
Coordenadas: N 39º 48'23.60" W 8º 05'58.28"
Construído em 1927, através de uma subscrição pública, lançada por uma comissão de habitantes da vila da Sertã, o coreto encontra-se situado no largo da Igreja Matriz da Sertã. A Filarmónica União Sertaginense (banda que resultou da fusão entre a Filarmónica Patriota Certaginense e Sociedade Recreio Artista) foi, durante muitos anos, uma presença assídua neste espaço, tendo dado vários concertos diurnos e noturnos. Outras filarmónicas e grupos musicais deste e de concelhos vizinhos também tocaram neste local. O coreto apresenta uma planta octogonal.
Fonte da Boneca



Localização: Sertã
Coordenadas: N 39º 48'17.74" W 8º 06'00.98"
Construída em 1858, começou por se chamar Fonte de São Pedro, apesar de as gentes da vila a ela se referirem como Fonte do Almoxarife, por a obra ter sido custeada pelo Almoxarifado da Sertã, na dependência do Grão Priorado do Crato. Foi durante muitos anos o único ponto de abastecimento de água na vila, sendo utilizada, ora para saciar a sede, ora para encher os cântaros dos sertaginenses. Em 1900, a Câmara Municipal procedeu à sua reconstrução, tendo também beneficiado o cais que se situava diante da fonte e que permitia um acesso rápido à Ribeira do Amioso. A população passou a chamar-lhe Fonte da Boneca, depois de ali ter sido colocada uma boneca de granito. Já em 2002, a autarquia levou a cabo um projeto de requalificação da fonte e do seu espaço envolvente, tornando este local numa verdadeira área de lazer.
Convento de Santo António


Localização: Sertã
Coordenadas: N 39º 48'03.60" W 8º 05'59.56"
Originariamente, concebido como convento franciscano, foi a 20 de outubro de 1634, que D. Fernando, Grão Prior do Priorado do Crato, deu autorização à sua edificação, situando-se, por decisão da Câmara Municipal, no lugar da Várzea Grande, junto à zona da Carvalha.
A primeira pedra foi lançada no ano seguinte, no dia 8 de julho, sendo os grandes impulsionadores da obra Frei Hierónimo de Jesus (natural de Viana do Castelo) e Frei Cristóvão de S. Joseph (natural da Sertã) que, enquanto o convento era construído, residiram numas pequenas casas pertencentes à Ermida de São Sebastião (situada nas imediações).
A sua existência deve-se, não só, à vontade da população sertaginense, mas também à Câmara Municipal e à Misericórdia da Sertã.
Quando o convento se encontrou em situação habitável, para lá mudaram os primeiros frades, quatro no total. A igreja terá sido concluída entre 1643 e 1645, ao passo que o claustro começou a ser construído por volta de 1659.
Ao longo dos seus quase 200 anos de vida como convento, conheceu um total de 27 provinciais e 42 guardiães, além de um número indeterminado de religiosos, que por ali passaram.
Com a lei da extinção das Ordens Religiosas, publicada em 1834, o convento viria a ser extinto e alguns dos seus bens foram arrematados em hasta pública.
O edifício foi depois doado a Carlos de Mascarenhas, como meio de pagamento pelos serviços prestados enquanto Governador Civil de Portalegre. Este legou-o, mais tarde, ao seu tio materno, Simão de Mascarenhas, que o deixou a Romão Luís de Mascarenhas Pimenta. A sua sobrinha Maria Clementina Relvas viria depois a assumir a posse do convento, tendo chegado a residir no local em 1892.
Quando em 1917 se deu o incêndio no edifício dos Paços do Concelho, a proprietária vendeu parte do convento à Câmara Municipal, instalando-se aí a Guarda Nacional Republicana (GNR). Mais tarde o resto do edifício, com a respetiva cerca, foi comprado pela autarquia local.
Lagar de Varas

Localização: Sertã
Coordenadas: N 39º 48'02.00" W 8º 05'55.53"
Segundo o Padre António Lourenço Farinha (1883-1985) no seu livro "A Sertã e o seu Concelho", a Alameda da Carvalha é assim denominada porque ali foi feita nos tempos antigos uma plantação de carvalhos, um dos quais se tornou célebre, não só pela sua invulgar corpulência, pois o tronco tinha de circunferência 38 palmos mas, principalmente, porque à sua sombra se realizou uma sessão magna da Câmara Municipal nos meados do século XIV como consta do respetivo Livro de Registos da Secretaria, árvore que ainda existia em 1874. Os sertaginenses tiveram sempre o bom gosto de conservar, cuidadosamente, este pequeno parque que é o sítio mais aprazível da Sertã. O Padre Manso de Lima dizia, em 1730, que estava plantada de álamos e carvalhos, chamando-lhe «uma nobre e espaçosa entrada» e Frei Cláudio de Menezes, em 1791, «uma vistosa alameda». A partir dos finais dos anos noventa do século passado inicia-se a sua requalificação com a construção do Palácio da Justiça, inaugurado a 28 de março de 1993. Posteriormente, foi construída uma réplica de um antigo Lagar de Varas, que servia para a produção de azeite, a Casa de Espetáculos e da Cultura inaugurada em 24 de junho de 2001 e, mais recentemente, em 2005, foi inaugurada uma estátua em homenagem ao Padre Manuel Antunes, Professor Universitário e Ensaísta (1918-1985), natural desta vila, aquando do 20º aniversário de sua morte.
Capela de Nossa Senhora da Penha de França

Localização: Passaria, Sertã
Coordenadas: N 39º 50'58.70" W 8º 06'49.50"
O templo religioso dedicado a Nossa Senhora da Penha de França foi construído no lugar da Passaria (freguesia da Sertã), nos finais do século XVII. Investigações recentes associaram igualmente esta capela ao culto a S. Nuno de Santa Maria, pois ali foi encontrada uma pintura que o representa, datada de 1768. O templo possui um valioso acervo artístico, onde figuram um conjunto de pinturas em forma de medalhão, adornados e envoltas em temas florais e vegetalistas, atribuídas a Alexandre Tosco, e uma tela representando «Cristo Morto» (séc. XVIII).
Capela de São Domingos



Localização: Picoto – Serra de S.Domingos, Sertã
Coordenadas: N 39º 51'00.60" W 8º 05'43.90"
A capela de S. Domingos, projetada pelo arquiteto Jorge Costa Maia, foi inaugurada em 1971 e é considerada um dos primeiros exemplos da arquitetura pós-modernista em Portugal. O financiamento para a obra, situada no lugar do Picoto, veio maioritariamente dos beneméritos José Ferreira Lima e José da Silva Costa. O interior do templo tem apenas uma nave, sendo dignos de referência o altar, dominado por um enorme crucifixo, e as linhas de grande sobriedade arquitetónica de todo o conjunto. A retaguarda e o topo da igreja estilizam, respetivamente, a proa e a chaminé de um navio.
CERNACHE DO BONJARDIM
Seminário das Missões





Localização: Cernache do Bonjardim
Coordenadas: N 39º 48'53.73" W 8º 11'23.78"
O Real Colégio das Missões Ultramarinas (nome original) foi mandado edificar por D. João VI, com a finalidade de preparar sacerdotes para o Grão Priorado do Crato, tendo posteriormente outras funções até chegar à atual condição de Seminário das Missões. O enorme complexo divide-se em vários planos, existindo no interior uma bonita igreja de espólio impressionante, constituído por quadros dos pintores Pedro Alexandrino de Carvalho e Bento Coelho da Silveira e por um órgão de tubos ‘ibérico’. O seminário dispõe ainda de uma imponente biblioteca, de um belo claustro e de uma soberba coleção de registos azulejares.
Estátua de Nuno Álvares Pereira


Localização: Cernache do Bonjardim
Coordenadas: N 39º 49'02.39" W 8º 11'10.93"
Nuno Álvares Pereira nasceu em 1360, nos Paços do Bonjardim, sendo filho de um dos mais ilustres senhores do reino, D. Álvaro Gonçalves Pereira, Prior da Ordem Militar dos Hospitalários, e de D. Iria Gonçalves. Teve uma educação militar típica dos nobres. Aos 16 anos, casou-se com a viúva D. Leonor Alvim, em Vila Nova de Rainha. Do casamento nascem dois rapazes que morrem durante o parto e uma menina, D. Beatriz, que casou com um filho natural de D. João I, D. Afonso, o primeiro Duque de Bragança. É de salientar, a qualidade de guerreiro de Nuno Álvares Pereira, que desempenhou um papel fundamental na crise de 1383-1385, colocando um ponto final na instabilidade política portuguesa e na consolidação da independência nacional. A 6 de abril de 1384, dá-se a batalha dos Atoleiros, na qual D. João I o nomeia Condestável de Portugal (segunda personagem da hierarquia militar nacional, depois do rei) e 3.º Conde Ourém. A 14 de agosto de 1385, com a decisiva vitória na Batalha de Aljubarrota, torna-se 2.º Conde de Arraiolos e 7.º Conde de Barcelos. A 15 e 16 de outubro de 1385, leva de vencida a Batalha de Valverde. Após a morte da mulher, em 1387, e depois da expedição a Ceuta, no ano de 1415, decide professar e reparte os seus bens, tornando-se carmelita. Entra para a Ordem a 15 de agosto de 1423, com 63 anos, no Convento do Carmo, que mandara erguer no ano de 1388, em terrenos seus como cumprimento de um voto. Escolhe o nome de Irmão Nuno de Santa Maria. Aí faleceu a 1 de abril de 1431, com 71 anos. Beatificado a 23 de janeiro de 1918, pelo Papa Bento XV, que promulgando o decreto da sua beatificação "Clementíssimos Deos", deu aprovação formal ao culto a beato Nuno de Santa Maria. Foi canonizado a 26 de abril de 2009, pelo Papa Bento XVI, passando a São Nuno de Santa Maria. Esta estátua foi inaugurada a 24 de junho de 1973.
Igreja Matriz de Cernache do Bonjardim




Localização: Cernache do Bonjardim
Coordenadas: N 39º 48'57.60" W 8º 11'15.29"
A construção da igreja paroquial de Cernache do Bonjardim deverá ter avançado em 1576, ano em que se iniciaram as obras de pedraria no templo, ficando concluídas antes do final desse século. O templo é dividido em três naves, possuindo dois altares com retábulos de talha dourada, dedicados à Virgem e ao Sagrado Coração de Jesus. As paredes da capela-mor são revestidas por painéis de azulejos figurativos azuis e brancos com cenas da vida de São Sebastião (colocados no século XVIII). Destaque ainda para o órgão positivo neoclássico e para a belíssima capela do Santíssimo Sacramento.
Capela de Santa Maria Madalena e São Macário


Localização: Cernache do Bonjardim
Coordenadas: N 39º 47'56.97" W 8º 13'36.59"
A posição altaneira desta capela no cimo da vulgarmente conhecida por ‘serra da Santa’ confere-lhe as caraterísticas de um miradouro único sobre toda a área envolvente. Santa Maria Madalena e S. Macário são aqui venerados, num templo de pequenas dimensões, mas de grande romaria. Uma curiosa lenda, ainda hoje contada pelos povos destes lugares, permite especular sobre a sua talvez remonta origem, ainda que de certo nada se saiba. No último fim-de-semana do mês de maio decorre nesta ermida uma festa bastante concorrida.
Capela de Nossa Senhora de Lourdes


Localização: Mendeira, Cernache do Bonjardim
Coordenadas: N 39º 47'29.75" W 8º 15'39.87"
O empresário e benemérito Joaquim Godinho da Silva mandou construir esta capela, na aldeia da Mendeira, em 1900, dedicando-a a N.ª Sra. de Lourdes, tendo sido benzida a 13 de setembro de 1903. A capela – uma das mais vistosas e ornamentadas da freguesia de Cernache do Bonjardim – tem proporções regulares e compreende sacristia, torre sineira e coro alto. Possui três altares, onde se veneram as imagens de N.ª Sra. de Lourdes, Imaculada Conceição e Anjo da Guarda. São ainda dinos de nota os pormenores escultóricos nos altares e os frescos das paredes.
Capela do Bom Jesus


Localização: Cernache do Bonjardim
Coordenadas: N 39º 48’ 54.86" W 08º 11’ 08.60’’
Mandada edificar pelo fidalgo Jerónimo Leitão Caldeira e sua mulher, Luísa Colaça, no final do século XVI, a capela do Bom Jesus possui uma planta longitudinal simples, com paredes cobertas por azulejos de padrão policromo e um bonito retábulo de talha dourada na capela-mor. Teve inicialmente um uso privado, passando depois para a posse e administração do povo, que desde sempre lhe guardou grande devoção. Aliás, era muito procurada pelos romeiros no período da quaresma. O Papa Pio VII concedeu indulgências a quem visitasse esta ermida no dia 1 de janeiro.
Nicho evocativo de Nuno Álvares Pereira
Localização: Cernache do Bonjardim
Coordenadas: N 39º 48'58.82" W 8º 11'33.63"
Os Paços do Bonjardim foram construídos no século XIV, por Álvaro Gonçalves Pereira, Prior da Ordem do Hospital. O cronista Fernão Lopes referiu-se a eles como "obra asaz vistosa e fermosa". Foi aqui que, em 1360, nasceu Nuno Álvares Pereira, figura maior da História de Portugal e canonizado, em 2009, como São Nuno de Santa Maria. Crê-se que por aqui também nasceram alguns dos seus irmãos. Hoje nada resta dos Paços do Bonjardim. Em 1791, o almoxarife da Sertã, Cláudio de Meneses e Castro, num relatório enviado ao príncipe regente, ainda divisava "alguns vestígios dos antigos Paços". De modo a perpetuar a memória do local, as gentes da freguesia de Cernache do Bonjardim erigiram aqui um pequeno monumento de linhas simples em honra de Nuno Álvares Pereira.
Casa Atelier Tullio Victorino



Localização: Cernache do Bonjardim
Coordenadas: N 39º 49'06.01" W 8º 10'56.24"
Mandado construir pelo seu pai (negociante de cortiça) por ocasião da implantação da República, o imóvel segue "de uma forma modesta os revivalismos do princípio do século XX, como é patente nas janelas duplas do torreão, coroado por uma grega pintada pelo próprio Túllio Victorino ou nas portas interiores encimadas por um arco de ferradura e circundadas por azulejos moçárabes, ou ainda, na estrutura de ferro utilizada na sustentação do texto e no janelão do salão onde, habitualmente, o pintor trabalhava". Inscreve-se num estilo arquitetónico neoárabe. O atelier servia como local de trabalho e, ao mesmo tempo, de residência. Túllio da Costa Victorino nasceu a 14 de dezembro de 1896, em Cernache do Bonjardim. Frequentou a Escola de Belas Artes em Lisboa, transitando depois para a Escola de Belas Artes, no Porto. Pintor impressionista, aluno de Columbano Bordalo Pinheiro, recebeu influência do mestre Malhoa. Ao pintar, parece estabelecer um diálogo entre a sua alma e a da própria paisagem. As obras de Túllio Victorino encontram-se em vários Museus nacionais, designadamente: Arte Contemporânea e Municipal, em Lisboa; Machado de Castro, em Coimbra; José Malhoa, nas Caldas da Rainha; Grão Vasco, em Viseu; Abade de Baçal, em Bragança; Museu da Guarda; de Castelo Branco e Figueira da Foz; Museu dos Escuteiros de Ovar; Comissão de Turismo de Tomar. Faleceu, na sua casa, a 23 de março de 1969. O edifício entrou depois em degradação, sendo, recentemente, recuperado pela Câmara Municipal da Sertã que o tornou num espaço cultural, sendo-lhe atribuído o nome de "Espaço Cultural Túllio Victorino" e inaugurado em 12 de setembro de 2008. O edifício está classificado como Património Municipal.
Clube Bonjardim



Localização: Cernache do Bonjardim
Coordenadas: N 39º 49'03.83" W 8º 11'02.71"
O Clube Bonjardim, criado a 20 de fevereiro de 1885, tem tido um peso decisivo no progresso de Cernache do Bonjardim, ao longo da sua história. Foi fundado por um grupo de homens ligados às famílias mais importantes da vila, entre os quais se encontrava o Comendador Libânio Vaz Serra, Rufino Vitória Matos, António Correia da Silva ou José António Silva Serra. Um dos principais impulsionadores desta coletividade foi o ilustre republicano e distinto advogado Abílio Marçal, que presidiu aos destinos do Clube Bonjardim entre 1911 e 1915. O Theatro Bom Jardim (designação que adotou nos primeiros tempos) viria a ser inaugurado a 17 de abril de 1892, Domingo de Páscoa. Subiram à cena nesse dia as peças "Tio Padre", "Dois Políticos" e os "30 Botões". Esta casa foi rebatizada para Teatro Taborda, em 1899, depois da histórica vinda do ator Taborda e do compositor Alfredo Keil (autor do Hino Nacional) a Cernache do Bonjardim, onde atuaram ao longo de quatro dias. Adjacente a este edifício, encontra-se um jardim, construído em 1942, no qual se podem realizar eventos culturais, bem como diversas atividades desportivas, além de um parque infantil e de diversas zonas de descanso com bancos e mesas. Neste jardim existe, igualmente, um imponente e também centenário sobreiro, recentemente classificado devido à sua espécie rara, bem como ao seu elevado porte. Atualmente, o Clube Bonjardim é uma associação cultural privada.
PEDRÓGÃO PEQUENO
Igreja Matriz de Pedrógão Pequeno




Localização: Pedrógão Pequeno
Coordenadas: N 39º 54´11.12" W 8º 07´54.91"
A Igreja matriz de Pedrógão Pequeno foi muito provavelmente construída nos inícios do século XVI. O seu interior apresenta uma mistura de elementos renascentistas e barrocos, estando dividido em três naves, separadas por quatro arcos torais de volta inteira. A capela-mor possui um belo retábulo de talha dourada, enquanto a capela do Santíssimo Sacramento segue as influências do Barroco Final, com um conjunto de elementos escultóricos e pictóricos de enorme relevo. São ainda dignos de nota os dois retábulos laterais em talha dourada dedicados ao Senhor dos Passos e a Nossa Senhora de Fátima.
Capela de Nossa Senhora da Confiança



Localização: Pedrógão Pequeno
Coordenadas: N 39º 54'39.73" W 8º 07'49.11"
Esta capela foi mandada construir pela família Conceição e Silva, em 1902, e encontra-se situada no topo do monte de N.ª Sra. da Confiança, em Pedrógão Pequeno. O templo, projetado pelo arquiteto Luiz Reynaud, foi edificado sobre as ruínas de uma antiga capela, que a tradição faz remontar ao século XVI. A capela é muito procurada por fiéis e romeiros, que aqui acorrem em grande número durante todo o ano, mas sobretudo no mês de setembro, altura de uma grande romaria. Os seus altares são em talha dourada, com imagens de S. Jorge, S. Francisco de Assis e N.ª Sra. da Confiança.
Ponte Filipina de Pedrógão Pequeno




Localização: Pedrógão Pequeno
Coordenadas: N 39º 54´19.14" W 08º 08´21.86"
A Ponte Filipina de Pedrógão Pequeno foi construída durante o século XVII, no período entre 1607 e 1610, com o propósito de substituir uma antiga estrutura de madeira, de origem romana (de que ainda existem vestígios), que ligava as duas margens do rio Zêzere, no fundo do Vale do Cabril. Construída em cantaria, a ponte assenta em três arcos e mede 62,4 metros de altura. A estrada de acesso a esta ponte foi construída em 1860 - até então era só acessível a pé ou a cavalo. Com a edificação da Barragem do Cabril, a velha ponte deixou de ser utilizada, sendo hoje um ponto de grande relevo turístico.
Pelourinho de Pedrógão Pequeno


Localização: Pedrógão Pequeno
Coordenadas: N 39º 54´12.82" W 8º 07´57.02"
O pelourinho original foi erigido em 1455, aquando da elevação de Pedrógão Pequeno a vila. Nos séculos seguintes foi sucessivamente destruído e reconstruído até ao seu total desmantelamento em meados da centúria de Oitocentos. Alguns dos fragmentos do antigo pelourinho foram utilizados na reconstrução de um novo em 1937, o qual viria a ficar instalado no Largo de São Sebastião. Já neste novo século, o pelourinho foi transferido para a Praça Ângelo Henriques Vidigal, onde se encontra atualmente. O pelourinho levanta-se sobre plataforma de três degraus circulares, de aresta. A base é constituída por uma singela moldura circular, em bocel, a partir da qual se eleva a coluna.
Capela da Misericórdia de Pedrógão Pequeno
Localização: Pedrógão Pequeno
Coordenadas: N 39º 54'13.52" W 8º 07'57.31"
A Santa Casa da Misericórdia de Pedrógão Pequeno foi instituída no reinado de D. Sebastião (1554-1578), sendo muito provável que a construção da sua capela, em pleno centro histórico, tenha acontecido ainda durante o século XVI. A capela de planta longitudinal e com uma pequena escadaria junto à entrada principal foi detentora, no passado, de vários tesouros artísticos, entretanto desaparecidos, como era o caso de uma antiga imagem do Santo Sudário. Ao longo dos anos, foi alvo de diversas intervenções (as mais profundas aconteceram em 1862, 1936 e 1986), que lhe deram o atual figurino.
Capela de Santa Maria Madalena
Localização: Pedrógão Pequeno
Coordenadas: N 39º 54'17.19" W 8º 08'02.03"
Foi mandada construir no Monte Olivete, em 1893, por Francisco da Conceição e Silva, em observância de um desejo de seu irmão, Eduardo da Conceição e Silva. Diz a tradição que a imagem de Santa Maria Madalena, que se encontra hoje nesta capela, era venerada numa gruta próxima do local. A envolvente deste templo religioso foi, durante anos, um dos principais locais de convívio dos habitantes de Pedrógão Pequeno. A capela foi alvo de obras de beneficiação, levadas a cabo há alguns anos.
Capela de Santo António
Localização: Pedrógão Pequeno
Coordenadas: N 39º 54'14.10" W 8º 07'57.44"
A Capela de Santo António, cuja construção é anterior a 1730, encontra-se situada na parte mais antiga da vila de Pedrógão Pequeno, estando incrustada sobre umas rochas de granito que não foram desbastadas e se apresentam, ainda hoje, muito salientes, na base posterior e lateral esquerda. O templo de planta longitudinal é muito procurado pelos pedroguenses, que guardam grande devoção a Santo António. Devido ao avançado estado de ruína em que se encontrava, a capela foi alvo de profundas obras de reabilitação, executadas em 1963 e custeadas pelo casal António Marques Fernandes e Fernanda Martins Mouga Fernandes. Desta altura, é também a imagem de Santo António que se pode observar, presentemente, na capela.
Capela de São Sebastião
Localização: Pedrógão Pequeno
Coordenadas: N 39º 54´04.82" W 8º 07´47.20"
A Capela de São Sebastião serviu até 1892 como templo religioso do antigo cemitério de Pedrógão Pequeno, tendo depois entrado em ruína. Em 1918, a família Vidigal tomou a iniciativa de reconstruir a capela, contando com a ajuda de todos os pedroguenses. O templo de linhas simples e planta retangular dispunha, antigamente, de um alpendre semelhante ao que ainda hoje existe na Capela de São Rafael (Bravo). A capela viria a ser alvo de obras de reparação em 1970 e é, atualmente, um dos locais de culto mais prezado pela população da vila de Pedrógão Pequeno.
Junta de Freguesia de Pedrógão Pequeno
Localização: Pedrógão Pequeno
Coordenadas: N 39º 54'11.23" W 08º 07'55.13"
O edifício que hoje alberga a Junta de Freguesia e a sede da Sociedade Filarmónica Aurora Pedroguense pertenceu, inicialmente, ao Priorado do Crato, tendo sido depois adquirido por uma das famílias mais ilustres e influentes de Pedrógão Pequeno (família Queirós). Aqui nasceu, em 1813, Eduardo Maria Leitão de Melo Queiroz, o último capitão das milícias e provedor da Santa Casa da Misericórdia de Pedrógão Pequeno, durante vários anos, na segunda metade do século XIX. Foi também presidente da Câmara Municipal da Sertã, em 1856. Depois da sua morte, o imóvel foi vendido, sabendo-se que foram seus proprietários, nos anos subsequentes, Augusto Henriques David e Afonso Lourenço da Silva. Este último cedeu o edifício à Junta de Freguesia de Pedrógão Pequeno, na condição de aqui funcionar a sede da Sociedade Filarmónica Aurora Pedroguense. De traça bastante caraterística, este imponente imóvel recebeu diversas obras de reparação ao longo dos anos, que lhe deram o seu atual aspeto.
Capela de São Rafael



Localização: Bravo, Pedrógão Pequeno
Coordenadas: N 39º 55´11.03" W 08º 04´05.08"
A Capela de São Rafael, no lugar do Bravo (freguesia de Pedrógão Pequeno), foi construída na sequência da criação da capelania local, instituída por um decreto do Grão Priorado do Crato de 18 de agosto de 1769. A sua edificação deve-se à persistência da população local, que por várias vezes formulou o desejo de possuir uma capela, por não lhe ser possível assistir à missa na sede de freguesia, devido à enorme distância que era preciso percorrer até à Igreja Matriz de Pedrógão Pequeno. Os primeiros capelães da Capela de São Rafael foram o Pe. Miguel João (serviu entre 1769 e 1782), Pe. João Baptista dos Santos (1782-1805), Pe. José Bernardino Pimentel (1805-1822) e o Pe. Manuel Joaquim (1822-1834). De planta longitudinal e linhas simples, a capela possui um alpendre bastante formoso. O templo foi reconstruído, recentemente, através de uma subscrição pública.
CABEÇUDO
Igreja Paroquial do Cabeçudo

Localização: Cabeçudo
Coordenadas: N 39º 49'39.40" W 8º 08'27.10"
O Grão-Prior do Crato decretou, em 1768, que se erigisse uma “Igreja no Lugar do Cabeçudo com a invocação Titullo e Orago do Santíssimo Sacramento”. A obra ficou concluída dois anos depois. Este templo apresenta um valioso espólio artístico, com dois altares laterais, além de teto de masseira em madeira com caixotões decorados por pinturas de motivos vegetalistas estilizados. Possui ainda um arco triunfal de volta perfeita, um interessante púlpito de madeira, com base em cantaria, e uma imagem de Cristo Crucificado, provavelmente datada do século XVIII.
CASTELO
Ponte da Bouçã


Localização: Bouçã, Castelo
Coordenadas: N 39º 51'21.20" W 8º 13'29.90"
A história da Ponte da Bouçã inicia-se no dealbar do século XX, quando o deputado Abílio Marçal (n. Cernache do Bonjardim) insistiu junto do Governo para que fosse construída uma estrutura sobre o rio Zêzere e que ligasse os concelhos da Sertã e de Figueiró dos Vinhos. Os argumentos convenceram o executivo liderado por Afonso Costa e as primeiras obras tiveram início ainda na década de 1910. Alguns atrasos obstaram ao cumprimento dos prazos e a inauguração só aconteceu em 1928. A ponte é composta por três arcos e tem a montante a Barragem da Bouçã.
CUMEADA
Ponte da Várzea Carreira


Localização: Cumeada
Coordenadas: N 39º 44'35.57"N 8º 7'41.84"W
Os dados relativos à sua origem são inconclusivos, embora certos historiadores defendam que terá sido construída entre os séculos I e IV, sendo depois reconstruída nos séculos XIII e XIV. Do que não restam dúvidas é de foi durante anos a principal via de ligação entre os concelhos da Sertã e de Vila de Rei. A Ponte da Várzea Carreira (também conhecida como Ponte da Tamolha) está sustentada por seis arcos plenos, que apresentam diâmetros aproximados, além de cinco talha-mares interrompidos de secção semicircular e situados a montante. Possui tabuleiro rampante, com três faces, e parapeito em alvenaria.
ERMIDA
Ponte do Malhadal

Localização: Ermida
Coordenadas: N 39º 47'42.10" W 7º 57'13.20"
As dúvidas subsistem quanto à origem desta ponte: há quem defenda que é de construção romana mas outros atribuem-lhe uma fundação filipina. Aparte as incertezas, a ponte de pedra, atravessada pela Ribeira da Isna (afluente do Rio Zêzere), possui apenas um arco, com tabuleiro arredondado. A ponte liga os concelhos da Sertã (freguesia da Ermida) e Proença-a-Nova, estando instalada a montante uma represa de água onde funciona a Praia Fluvial do Malhadal. A abundância de carpas, barbos e bogas torna este sítio bastante apreciado pelos amantes da pesca.
Igreja Nossa Senhora da Esperança


Localização: Ermida
Coordenadas: N 39º 48'21.80" W 7º 57'12.10"
Foi inicialmente uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora da Esperança, talvez edificada no século XVI. Posteriormente, com a criação da freguesia da Ermida, aqui se instalou a nova igreja paroquial, obrigando a diversas obras de ampliação. Na centúria de Oitocentos, o Priorado do Crato financiou a construção de uma nova capela-mor, depois de a população se queixar de que a anterior era “pequena”. Durante a primeira década do século XXI o templo recebeu obras profundas, incluindo o restauro dos magníficos altares aqui existentes. Referência igualmente para algumas peças escultóricas e de paramentaria presentes no interior.
MARMELEIRO
Ponte dos Três Concelhos

Localização: Marmeleiro
Coordenadas: N 39º 44'08.83" W 8º 03'18.46"
A Ponte dos Três Concelhos, de origem romana, situa-se na estrada antiga dos Colos, ou via dos Mouros, que de Cardigos se dirigia à Sertã, a cerca de dois quilómetros da primeira localidade e nas proximidades da Estação Arqueológica da Longra. Tratava-se de um ponto de encruzilhada de várias redes de comunicação da antiga Hispania romana. A ponte, com um tabuleiro plano de 36 metros de comprimento e 3,5 metros de largura, é construída em alvenaria de pedra aparelhada em fiadas regulares, em que as fundações até às impostas são em granito, sendo o restante aparelho em xisto, incluindo os três arcos de volta perfeita.
NESPERAL
Igreja Paroquial do Nesperal

Localização: Cernache do Bonjardim
Coordenadas: N 39º 48'45.70" W 8º 09'59.00"
A Igreja Paroquial foi edificada pouco depois da criação da freguesia do Nesperal (século XVI) pelos seus moradores, recebendo a invocação de São Simão. Possui um admirável espólio, onde se destacam três tábuas do pintor Gonçalo Prego, com molduras de talha epimaneirista lavrada e dourada, representando, respetivamente, S. João Baptista, o Agnus Dei e Nuno Álvares Pereira (datam do século XVII). Os retábulos barroco de Estilo Nacional pontuam o altar-mor, onde também se encontra uma imagem de Cristo na Cruz e esculturas de S. Miguel, Santíssima Trindade, Nossa Senhora da Piedade e S.Brás.
VÁRZEA DOS CAVALEIROS
Capela de São Tiago



Localização: Mosteiro de S.Tiago, Várzea dos Cavaleiros
Coordenadas: N 39º 49'23.50" W 8º 01'36.60"
As origens desta capela, situada na aldeia do Mosteiro de S. Tiago, perdem-se entre histórias e lendas mais ou menos fantásticas, embora seja admissível que a sua construção possa ter acontecido no século XI, sobre as ruínas de um antigo mosteiro beneditino. A sua antiguidade é evidente, tendo sido importante local de romagem durante o período medieval. No interior deste templo, com o púlpito quase ao nível térreo, é possível observar algumas imagens escultóricas de fino recorte, bem como uma pia de água benta antiquíssima..